''Amor Filial, Reverência Pelas Coisas Sagradas, Cortesia,Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo''

01/10/2010

Aprendendo a Perdoar

Perdoar alivia, diminui o sofrimento e melhora a qualidade de vida.

Perdoar é caminhar através da dor.

É aprender a conviver com o imperfeito e aceitar o outro como ele é:

um ser humano e não divino alguém que pode pisar na bola.

Pode não cumprir o que se espera dele.

Para perdoar é fundamental enxergar o outro como um todo.

É preciso separar o erro que foi cometido daquilo que é maior naquela pessoa.

Ele cometeu um erro, não é o erro.
A capacidade de perdoar não é um talento nato,

é uma coisa que você desenvolve ao longo da vida.

Quanto mais madura a pessoa é, mais capacidade ela tem de perdoar.

As pessoas amadurecidas toleram mais, entendem mais o que é

um relacionamento, o que pode esperar da outra pessoa.

Quem nunca perdoa com certeza está sofrendo.

Deve ter uma série de situações do passado que não conseguiu resolver.

Com o tempo, foi ficando dura inflexível. É preciso se exercitar

para manter a capacidade de perdoar.
O perdão é importante para o bem-estar mental, sim.

O Perdão tem a ver com qualidade de vida, com estabilidade emocional.

Tem gente que não perdoa e continua remoendo a situação por muito tempo,

mesmo quando o outro já mudou de vida, ou nem está mais aqui.

Essas pessoas colocam no outro a culpa por toda a sua infelicidade.

Isso ocorre muito: a pessoa cria um algoz, um sequestrador,

alguém que é a causa do seu sofrimento.

Se conseguir perdoar sai do cativeiro.

Existem passos para chegar ao perdão.

Um dos exercícios mais importantes é se colocar no lugar do outro.

No caso de uma traição, por exemplo, a mulher pode tentar se colocar

no lugar do homem e ver o que aconteceu, pela perspectiva dele.

Pode ser que tenha sido um deslize, um impulso,

outra necessidade que ele foi suprir.

O que aconteceu pode ter a ver com a história anterior dele

com outras relações amorosas, com desejos inconscientes,

coisas que às vezes nem o outro entende.

Outra coisa importante nesse exercício é perceber

como o outro está te vendo. Com certeza você está se sentindo

traída, mas é possível que ele também esteja.

Entender isso pode ajudar no processo.

Às vezes a pessoa não perdoa porque, quando olha o outro, só enxerga dor.

Esse é o problema.

Se tudo que ela enxerga no outro é dor, é porque a dor é dela.

A atitude do outro pode ter reavivado essa dor, mas o sentimento

sempre esteve ali. Existem várias pessoas que puderam perdoar

porque localizaram a origem daquela mágoa.

Daí entendeu como essa dor chegou e se instalou com tanta força.

Não, não é necessário perdoar sempre.

As religiões defendem isso. Mas existe também um compromisso com a vida.

A autopreservação é o mais importante.

Quem perdoa o tempo todo, sem parar, pode provocar um estado

de humilhação prejudicial à sua auto-estima.

Antes de mais nada, qualquer pessoa tem que se respeitar como ser humano.

Existem coisas imperdoáveis, e elas são diferentes para cada pessoa.

É preciso respeitar esses limites.

O perdão pode ser só interno ou precisa ser colocado para fora.

Existem situações em que é preciso externar o perdão.

Se você não diz que perdoou, o outro pode continuar se sentindo culpado,

e fica difícil restabelecer um vínculo. Em outras ocasiões quando não existe

chance de reconciliação, o perdão não precisa ser externado.

Na hora que perdoa, sente um alívio que tem a ver com ela, não com o outro.

É como se tomasse um banho.

E aí pode tocar a sua vida de um jeito melhor.


Luiz Cuschnir

° Psicoterapeuta °

Um comentário:

  1. Oh meu irmão adorei sua iniciativa de propagar os nossos ideais.
    Sou DeMolay de Montes Claros norte de Minas Gerais e achei seu blog na comunidade demolay do orkut.
    Gostaria de saber se eu poderei colocar o link do seu blog no meu como parceiro, pois pode ter certeza que sempre recorei aqui para transmitir boas vibraçoes a todos.

    www.historiacomcerveja.blogspot.com

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